terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Maquete tátil: um recurso que beneficia a todos os alunos

#PraCegoVer

As experiências dos principais grupos de pesquisadores do Brasil e do Chile que realizam estudos na área de cartografia tátil são narradas no livro Cartografia tátil: orientação e mobilidade às pessoas com deficiência visual.

A publicação reúne artigos de pesquisadores da Universidade Tecnológica Metropolitana de Santiago do Chile (UTME), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e de outras instituições.

“Apesar de materiais cartográficos táteis serem produzidos desde o início do século 19 em nível mundial por professores, pais e voluntários, essa área ainda é pouco conhecida no Brasil e na América Latina, mesmo no meio acadêmico”, disse Maria Isabel Castreghini de Freitas, professora do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Rio Claro, e uma das organizadoras do livro, à Agência FAPESP.

Os materiais possuem relevo e diferentes texturas, além de sinalizações em braile e recursos sonoros, para facilitar o aprendizado de alunos com deficiência visual.

Já os materiais didáticos para os estudantes com baixa acuidade visual possuem cores fortes e tamanho de letras aumentadas e podem ser utilizados tanto por deficientes visuais como por alunos que não possuem problemas de visão, visando a integração dos estudantes em sala de aula.

“O objetivo é que esses materiais táteis sejam utilizados em atividades e aulas integradas, reunindo estudantes cegos ou com baixa visão com os que enxergam, conforme as diretrizes das atuais políticas de inclusão de alunos com necessidades especiais na educação infantil e no ensino fundamental”, explicou Freitas.
 
O estudante pode tocar botões que emitem sons do sino de uma igreja, do barulho de uma fonte de água e da música tocada pela banda de um coreto. São mensagens e sons curtos que têm algum significado para estudantes cegos. Nosso maior desafio neste trabalho é entender como eles adquirem a noção de espaço, que é fundamental no ensino de geografia”. Para isso, começamos utilizando maquetes da sala de aula, da casa e do caminho que percorrem para vir à escola de modo a entender como concebem o espaço e o ambiente ao seu redor.

http://www.faders.rs.gov.br/noticias/2592. Acessado em 24 de janeiro de 2017.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 23 de novembro de 2016






 #PraCegoVer
 

Acessibilidade e inclusão são conceitos que devem estar intrinsicamente ligados, pois devemos pensar a acessibilidade além das quebras de barreiras arquitetônicas e de espaços físicos e envovê-la na acepção de inclusão, indo para além do atendimento da pessoa deficiente. Não se trata de torna o espaço acessivel ao deficiente, mas sim a todas as pessoas.
Basta você sair pela cidade e observar as dificuldades encontradas pelo caminho dos pedestres, ai você para e pensa... se para mim está ruim... está fácil de tropeçar e cair... imagina para uma pessoas com dificuldade de locomoção.
Para Kevin Lynch (1988), o desenvolvimento dos aspectos estruturadores da percepção do espaço estão vinculados, em primeiro lugar, ao sentido da visão, responsável pelo primeiro impacto criador de significados do ambiente. Um mesmo espaço é percebido de maneira diferente para cada indivíduo. Pensar em um modo em que facilite para a locomoção de diferentes pessoas é um desafio possível e que precisa ser modificado.
Devemos pensar em "espaços inclusivos" sendo aqueles capazes de fornecer as pessoas um sentimento de segurança, competência e liberdade na sua dificuldade de locomoção com vistas a dirigir as suas ações, podendo estabelecer uma relação harmoniosa dela com o mundo exterior

23/11/2016